Violência Sem
Limites
Igor Solecki
A violência doméstica é a violência praticada dentro de casa, são as agressões
contra a esposa, filhos, os parentes em geral. Mas agressões não são somente
socos, tapas e chutes. Existem, entre elas, as físicas, psicológicas, sexuais,
etc. Elas afetam a pessoa que sofre a violência na sua vida pessoal e social.
Mas, nesse quadro de violência, quem leva a pior? Como podemos evitar tais
abusos?
Adriana Campos, portuguesa licenciada em psicologia, considera as crianças as
que mais sofrem nos casos de violência doméstica. Segundo ela, “existe
freqüentemente um sofrimento sem fim e marcas que ficam para toda a vida, isto
porque a luta é travada entre pessoas com as quais a criança se identifica”.
Estudos afirmam que testemunhar a violência entre os pais é tão prejudicial à
criança quanto quando ela é a vítima.
Quando as pessoas são violentadas, podem ser muitas as conseqüências. Nos casos
em que a criança presencia a violência entre os pais, é comum ela atribuir a
culpa a si mesma, causando problemas emocionais. Se a violência é contra a
criança, muitas vezes a vítima não conta para ninguém. Isso acontece devido ao
medo das ameaças do agressor, ou por não ter noção do que é certo e do que é errado.
Quando há violência sexual, a vítima fica com marcas para o resto da vida, se
não físicas, psicológicas. Ela passa a ter muita dificuldade nos
relacionamentos com outras pessoas. Quando as crianças são ameaçadas de
abandono ou são rejeitadas, se sentem inúteis, desprezadas. Isso também pode
ser considerado violência. Geralmente, a pessoa tende a partir para as drogas,
bebidas alcoólicas, prostituição, etc.
Nesses casos de violência, sempre se deve denunciar. Um tapa ou cintada como
castigo dá para aceitar, mas exageros não. Violências que deixem marcas para o
resto da vida nunca deveriam acontecer. Mas, infelizmente, essa não é a nossa
realidade.