quarta-feira, 20 de junho de 2012

Coletânea de memórias

(*¹)A Persistência da Memória

“Todas as mágoas são suportáveis quando fazemos
delas uma história ou contamos uma história a seu respeito”
Isak Dinesen [*²]


"O narrador conta o que ele extrai da experiência - sua própria ou aquela contada por outros. E, de volta, ele a torna experiência daqueles que ouvem a sua história"
Walter Benjamin


"Na realidade, não há percepção que não esteja impregnada de lembranças"
Henri Bérgson

Neste ambiente, pretendemos reunir as coletâneas de narrativas de memória dos alunos do 3º Ensino Médio A e B, turno matutino, do Colégio Polivalente de Conceição do Coité,  construídas e refeitas ao longo da I unidade.  Cada um tem em si a capacidade de registar, armazenar e manipular informações, provenientes de interações entre o cérebro e o corpo ou todo o organismo e o mundo externo. Vale lembrar que o que aconteceu no passado é o mesmo que reviver o passado no presente. E isso vocês fizeram, quando lembraram de fatos que marcaram as vossas vidas. Portanto, sintam-se à vontade para utilizar este blog e publicar as suas memórias.


(*1)A Persistência da Memória (em espanholLa persistencia de la memoria; em catalãoLa persistència de la memòria) é uma pintura de 1931 de Salvador Dalí. A pintura está localizada na coleção do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque desde 1934. É amplamente reconhecida e frequentemente referenciada na cultura popular.

A flacidez dos relógios pendurados e a escorrer mostram as preocupações humanas: tempo e memória. O próprio Dalí apresenta-se na forma de cabeça adormecida que se pode observar em outros dos seus quadros.
Em sua auto-biografia, Dalí conta que levou duas horas para pintar grande parte da obra (do total de menos de cinco horas), enquanto esperava sua esposa, Gala, voltar de filme. Neste dia, o pintor se sentira cansado e com uma leve dor de cabeça, não indo ao teatro com sua esposa e amigos. Ao retornar do filme, Dalí mostrou a obra a sua esposa, vendo em sua face a "contração inequívoca de espanto e admiração". Ele então, a perguntou se ela achava que em três anos ela esqueceria aquela imagem, tendo como resposta que "ninguém poderia esquecê-lá uma vez vista".

*2Epígrafe usada por Hannah Arendt, no início do capítulo V, sobre o conceito de ação, do livro A Condição Humana (Arendt, 1997b: 188).

9 comentários:

Anônimo disse...

O Santo, a Porca, a viagem e a Feijoada

Em um domingo ensolarado do mês de fevereiro do ano de dois mil e onze, foi realizada uma viagem para a realização do grande sucesso do nosso grupo teatral: O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna.
Chegamos a Feira de Santana por volta das oito horas da manhã; descarregamos o carro e fomos arrumar nossas coisas. Logo depois, partimos para o local que apresentaríamos, o seminário.
Depois de tanto trabalho chegou uma das melhores partes da viagem: o almoço. O tempo já estava mais fresco, e perante aquela fila enorme de seminarista para se servir, destacaram-se os panelões de feijoada.
Fomos os primeiros a preparar o prato. A feijoada estava uma delícia (e o melhor, poderíamos repeti-la). Hilário mesmo foi ver o rosto apavorado de nossa amiga gritando, chorando e pedindo “refri”, pois, lezada do jeito que é, encheu sua feijoada de pimenta e malmente estava respirando. A gente só ria da situação.
No meio da tarde, a peça foi realizada. Saimos satisfeitos com o nosso trabalho, assim como o público. Chegamos a Coité já a noite, às 21horas se não me engano, organizamos o material em nosso camarim e seguimos para nossas casas com lembranças e fotos daquela viagem inesquecível.
Matheus Cedraz Santiago Freitas, 3º A

Selma Mascarenhas disse...

Mateus, que legal! pelo visto sua viagem foi realmente proveitosa.

Anônimo disse...

Aconteceu comigo um fato que ficou marcante,ocorreu quando eu tinha uns 2 anos de idade.
Iamos a igreja em Camacari,á minha vó foi passar ferro em meu vestido, assim quando terminou colocou o ferro no chão do quarto e fechou a porta, e como toda criança curiosa eu fui ao quarto, minha mãe e minha vó estavam distraidas, então eu fui ao onde estava o ferro peguei e coloquei na minha mão.A minha mãe me contou que logo comecei a gritar, quando ela chegou no quarto tirou o ferro da minha mão,a minha vó colocou gelo e foi assim que piorou criou uma bolha enorme. Levaram me ao hospital em Camacari chegando lá me transferiram para Salvador, onde fizeram uma cirurgia e la fiquei internada por quinze dias.
Jaqueline Carneiro da Silva, 3°EMA

Anônimo disse...

O casamento de Minha Tia

Eu não lembro exatamente a data,mais tem muito tempo.Bom,era um dia de sol,quando viajamos para salvador para prestigiar esse momento importante.Eu meus Pais e minhas irmãs saímos de Coité por volta das 8:00 da manhã e chegamos la 13:30 da tarde.Eu fui o escolhido para levar as alianças até o altar,fiquei muito feliz,a unica coisa que não gostei foi da roupa,pois passei a tarde todo escolhendo qual iria usar.A hora do casamento chegou,estava tudo bem até o momento que eu deveria entrar em cena com as alianças,nossa,eu fiquei com muita vergonha,mais tive coragem e fiz meu papel no casamento.Agora vem a melhor parte...a festa,tinha muita comida,e como eu era pequeno tinha muita liberdade para fazer um farra,comi muito,tinha outras crianças da minha idade,nos ficamos brincando até eu gastar toda a minha energia e dormi no banquinho da salão de festas.Na manhã seguinte acordamos bem cedo e pegamos o rumo de volta a C.Do Coité,no caminho conversamos sobre o casamento e vimos as fotos tiradas daquele momento inesquecível.

João Henrique Carneiro Dos Santos, 3ºA

Anônimo disse...

Colégio Polivalente
Aluna Amanda Helen
Série 3 EMA
Prof Selma
Lembrança

Quando eu era criança brigava muito com minhas primas pelo fato de não ter irmã(o), brigava com uma prima .
Lembro que nós estavámos brincando com uma boneca que gostava muito e ela queria me tomar e me dar a boneca dela. Eu não admiti isso porque era a minha boneca e ela queria ficar com ela sendo que já estava com a sua.
Mas eu não deixei e puxei o cebelo dela, ela chorou e veio pra cima de mim, nos brigamos saimos marcadas, até que chegou uma tia minha na casa dela e separou nossa briga. Fui para minha casa, minha mãe perguntou o que tinha acontecido comigo só que eu não falei.
No outro dia ela foi em minha casa e a gente começou a brincar de novo.

Anônimo disse...

Colégio Polivalente
Aluna Jaíres Santos
Série 3 EMA
Prof Selma

Brincadeira de Criança

Há um tempo estávamos eu e minha irmã de 12 anos em casa, ela tinha as unhas muito grandes e tinha mania de ficar me ferindo com elas.
Um certo dia eu tive uma ideia para me livrar dessas unhas, a solução era chama-la para brincar de salao de beleza, só para cortar as unhas que tanto me feriam. A gente foi para o quintal e começamos a brincar, eu peguei e cortei as unhas dela, porém a sorte foi que ela nem ligo por que era só uma brincadeira, eu pensei que ela ia falar algo, mas nem me falou nada .

Anônimo disse...

Comédia fatal

Em dezembro de 2010,em periodo de recuperação escolar. estava em minha casa,estudando para a prova de história,quando de repente decidir,ir visitar minha colega.

Ao chegar,ensinei a ela,o básico que sabia para a avaliação,mas nós ainda necessitavamos de mais conteúdo.Então decidimos minha casa para buscarmos o caderno que havia esquecido.
Como minha casa era longe,resolvemos então,pedir emprestada uma bicicleta,de seu vizinho,e ele nos emprestou.

No caminho,de la pra ca,eu a levei na garupa.Tudo ocorria bem quando a bicicleta,sem equilibrio desceu por uma ladeira e não conseguimos desviar de um carrinho de mão que estava carregado com materiais de construção.E então batemos.

O carrinho de mão virou,nós nos machucamos,levantamos,pegamos a bicilceta ,sairmos sem levantar o carrinho,e não evitamos de darmos risada.Por que o dono do carrinho que estava por perto,olhava para nossa cara seriamente assustado.

E continuamos a pedalar,quase que caido de novo de tanto dar risada.Chegando no local,pegamos o caderno e voltamos,pelo o mesmo caminho.Ao voltarmos,avistamos o carrinho de mão,ainda lá caido.Passamos direto com a cara de suspeito sem disfarça o sorriso em nosso rosto.

Esse dia foi marcante por que até o dia de hoje,quando lembramos,achamos graça e damos risada.



Colegio Polivalente
Aluno Rafael
Serie 3º EMA
Data 16/07/2012

Selma Mascarenhas disse...

João Henrique, que bom que teve uma infância divertida e proveitosa. Amanda, realmente ser filha única é difícil, mas, quando se tem amigos,nunca se está só. Rafael, são de momentos como os seus que marcam a nossa vida. Percebo que teve uma infância bem legal.

Selma Mascarenhas disse...

Brincadeira Inocente

Eu tinha cinco anos e a minha prima havia completado quatro. Em um dia ensolarado estávamos brincando de boneca, quando tivemos uma idéia de brincarmos de salão de beleza.
Tudo começou com as unhas, pegamos um pauzinho que (que representava o alicate), e passávamos pelo contorno das unhas. Estávamos na casa da nossa bisa, que havia saído rapidinho, e nos deixado sozinhas. Avistamos uma tesoura em cima da estante,que ficava na sala de estar,e a pegamos.
Fomos para um quartinho no fundo da casa, cortei uma das longas tranças do cabelo da Geovana,e quando iria começar a cortar o outro lado,a sua mãe Sandra,e a minha chegaram do trabalho. Fiquei bastante assustada com medo da reação dela.
Assim que a Sandra deparou-se com aquela situação passou a chorar. Desesperada, colocou a culpa na minha bisa, pelo fato de deixar duas crianças sozinhas.
Após fazer a reclamação, ela levou a menina ao salão para dar um corte no seu cabelo. A minha prima não teve nenhuma reação após o corte, apesar de ficar parecendo um menino, com o seu cabelo curtinho.


Laiane Nascimento Lima, 3ºEMA
02/04/2012

Dia 15 de março, Dia da Escola