a gente recorda, e como recorda para contá-la. Gabriel García Márques
Queridos alunos do 3º ano do Ensino Médio turno matutino do Colégio Polivalente de Conceição do Coité,
Estamos dando continuidade ao projeto de Memórias e, portanto, seguem mais dados sobre o mesmo:
Memórias literárias geralmente são textos produzidos por escritores que, ao rememorar o passado, integram ao vivido o imaginado. Para tanto, recorrem a figuras de linguagem, escolhem cuidadosamente as palavras que vão utilizar, orientados por critérios estéticos que atribuem ao texto ritmo e conduzem o leitor por cenários e situações reais ou imaginárias.
As narrativas, que têm como ponto de partida experiências vividas pelo autor no passado, são contadas da forma como são lembradas no presente.
2ª oficina- 1ª etapa- Conversa com os idosos
- Individualmente ou em pequenos grupos conversar com pessoas mais velhas. Podem ser pessoas da própria escola ou de casa – um vizinho, um parente...
Os alunos podem iniciar o contato perguntando a essas pessoas se teriam disponibilidade para conversar, emprestar objetos e fotos antigas, contar as lembranças que têm do lugar. Para isso, podem fazer-lhes perguntas como:
- O(a) senhor(a) se lembra de alguma passagem marcante da sua vida nesta cidade? Que fato é esse? Por que ele foi marcante?
- O(a) senhor(a) tem algum objeto antigo ou foto que lembre essa passagem de sua vida?
Atenção!
O registro é importante. Anotem o maior número possível de informações durante a conversa com a pessoa escolhida.
Em classe, reunidos em pequenos grupos, os alunos devem contar o que ouviram e relatarem o que sentiram ao ouvi-lo, o que consideraram mais interessante na forma como o depoimento foi dado.
2ª - etapa
Vestígios do passado
Fotografias antigas ajudam a recuperar lembrancas do passado. Por isso, devem fazer uma pesquisa na comunidade para localizar e pegar emprestado esse material.
Coletar com parentes e vizinhos fotos antigas, não só da cidade
como de seus moradores, em espaços públicos como prefeitura, casa da cultura, igrejas e até mesmo em estabelecimentos comerciais.
Esse recurso é importante para que possam ampliar o repertório em relação a costumes, hábitos, paisagem, formas de agir, de vestir, características de outros momentos da história do lugar onde vivem.
Pergunte aos alunos se eles têm em casa objetos antigos guardados
pela família. Podem trazer cartas, utensílios domésticos, ferramentas, máquinas antigas, roupas, discos ou algum outro
objeto mencionado pelo entrevistado.
As fotos e os objetos são elementos importantes para promover a aproximação com o passado, mas as pessoas são as principais fontes de memória; na verdade, a mais rica delas.
Fonte:
http://escrevendo.cenpec.org.br/Em breve a 3ª - etapa
2 comentários:
Colégio Polivalente de C. Coité.
Aluna – Poliana Mascarenhas de Abreu.
Série – 8ª, 9º ano
Turma – A Sala – 04 Ano- 2013
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora- Selma Oliveira Mascarenhas
Doce Infância
Eram encantadoras aquelas tardes. Momentos em que a diversão e a imaginação dominavam. Lembro-me das várias brincadeiras que me faziam muito feliz.
Brincava sempre com minha amiga Luana, nós nos conhecemos desde quando éramos bem pequenas, com uns quatro anos (temos a mesma idade). Até hoje ela mora numa casa quase em frente a minha. Nós somos muito amigas, quase irmãs.
Nós passávamos a tarde toda brincando, só parávamos quando as nossas mães nos chamavam para irmos jantar, dizendo que já estava tarde, e, assim, íamos cada uma pra sua casa, cansadas, mas felizes.
Inventávamos várias histórias muito legais para brincarmos de boneca e até mesmo para “atuarmos”, também imitávamos personagens e desenhos que gostávamos e sempre acabávamos rindo das nossas imitações e atuações, éramos bem criativas.
Quando tínhamos mais pessoas com quem brincar jogávamos “golzinho”, que é um jogo de futebol sem goleiro e com um gol bem menor, ou então uma partida pequena de vôlei. Nesses dias chegávamos à casa muito cansadas e, às vezes, até com calos nos pés e nas mãos, embora a alegria em jogar fosse muito grande e fizesse tudo valer a pena.
Tive uma ótima infância, com amizades que persistem até hoje. Ri muito e também provoquei muitas risadas e, hoje, fico só me lembrando daquele tempo tão bom.
Colégio- Polivalente de Conceição do Coité
Aluna- Luana da Silva Ramos Sala- 04 Ano de 2013.
Professora- Selma Série - 8°série (9°ano)
Meu melhor amigo
No domingo, eu e minha irmã, estávamos assistindo TV, minha mãe estava na cozinha preparando o jantar, quando de repente chega meu pai dizendo:
- Olha o que eu trouxe!
Quando nós fomos ver, ele estava chegando com um cachorrinho nos braços. Na hora que eu olhei para a cara daquela coisinha linda, pronto, me apaixonei. Logo perguntei como seria o nome dele, meu pai foi rapidamente dizendo:
- Ele vai se chamar Pintado porque ele é todo pintadinho.
O pior é que ele era mesmo pintado e tinha uma mancha bem grande na cara, que lembrava uma máscara, por isso ele começou a ser chamado Pintado Mascarado. Pintado era um dálmata misturado com perdigueiro.
Quando ele chegou, toda hora eu queria pegar ele, mas minha mãe dizia que não, que ele era muito pequeno.
Foi passando o tempo. Fomos nos conhecendo e ele começou a ficar maluco graças a ajuda de Lupy, o cachorro da minha velha amiga ( Lupy era um poodle anão, ele era traquino, era um capeta e, as vezes, seus olhos ficavam vermelhos).
Pintado, como era abestalhado, sempre ia atrás de Lupy correndo atrás de motos para tentar morder as pessoas.
Quando a gente ia passear era a maior comédia. Pintado me puxava pra lá e pra cá pra correr atrás de Lupy.
Eu e minha amiga botávamos para Pintado e Lupy fazerem briguinhas, mas é claro que Pintado sempre ganhava.
Engraçado era a hora da comida. Parecia que ele sabia qual era à hora de comer porque todas as manhas às 7 horas, ele me pedia comida, quando era meio-dia certinho, quando todo mundo estava na mesa jantando, ele ia e me pediacomida.
Outra coisa hilária era que toda manha Pintado, que ia me acorda, começava a lamber meu pé e eu não acordava daí ele desistia e dormia comigo. Porém quando eu acordava, tomava um susto e jogava ele no chão.
E se nós íamos para a roça de meu avô, nos íamos logo ver os porcos e as galinhas. Pintado gostava mesmo era de caçar galinhas, e eu ajudava.
A gente brincava o tempo todo, até quando era à noite e eu acordava para vê o sol nascer eu ia brincar com ele.
Ah! Como era bom esse tempo, mas como sempre acontece com as pessoas e os animais que nós amamos sempre vão embora e foi isso. Pintado morre e todos que o amavam ficam muito tristes.
Alguns dizem que ele morreu de doença, outros dizem que ele morreu de chumbinho (veneno). Eu não sei, mas sei que eu gostava muito dele, muito mesmo, ele era um cachorro, o meu melhor amigo.
“Pintado meu melhor amigo”.
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